︎︎︎Pensamentos Temporariamente Perdidos
︎︎︎Temporarily lost thoughts
De repente
não nos lembramos do que íamos dizer. O pensamento estava totalmente
claro alguns segundos atrás. Às vezes vamos apresentar uma pessoa e o
seu nome nos escapa na hora de pronunciá-lo ou você cruza a casa para
pegar um objeto e de repente esquece o que era. Você tateia o espaço
tentando lembrar, refaz o caminho, mas o pensamento parece desaparecer.
Diremos que não conseguimos lembrar, mas na realidade o pensamento se
tornou inconsciente, ou separado do consciente momentaneamente
(invisível). A coisa não deixou de existir, apenas não a visualizamos
mais.
O pensamento é rápido e lento. Funciona por imagens e também por palavras e sensações. Ele se associa à memórias, lembranças, também as cria, entende coisas tempos depois, faz confusão, vive e se ramifica por associação, como um rizoma. Está ligado às sensações, ao corpo, às imagens, fotografias, objetos, paisagens e arquiteturas. Quando o pensamento está muito enrolado, como um novelo de linhas, a mente fica confusa, gera nervosismo, stress, burnout. Podemos trabalhar os pensamentos enrolados através da meditação e controle da respiração. Barrando e jogando para o lado os pensamentos que vem, energizando esse ir e vir. Colorindo com a mente blocos de pensamentos, energias. O objetivo da meditação é transformar a mente em um espaço branco totalmente vazio, iluminado, de maneira que cada pensamento que chegue ali tenha uma luz focada sobre ele. Podemos assim separar o que é importante do que não é. Entender as coisas com mais clareza, desatar alguns nós.
Estamos passando hoje por uma crise sem precedentes na história da humanidade. O corpo humano não consegue acompanhar as mudanças tecnológicas, ele adoece. A economia da atenção, monetiza nosso olhar, fisga o desejo, nossa experiência no mundo e brinca com os nossos sentimentos. O lucro de poucos está sempre acima de tudo. O mundo de hoje é um mundo no qual uma árvore cortada vale mais do que uma árvore viva.
O pensamento é rápido e lento. Funciona por imagens e também por palavras e sensações. Ele se associa à memórias, lembranças, também as cria, entende coisas tempos depois, faz confusão, vive e se ramifica por associação, como um rizoma. Está ligado às sensações, ao corpo, às imagens, fotografias, objetos, paisagens e arquiteturas. Quando o pensamento está muito enrolado, como um novelo de linhas, a mente fica confusa, gera nervosismo, stress, burnout. Podemos trabalhar os pensamentos enrolados através da meditação e controle da respiração. Barrando e jogando para o lado os pensamentos que vem, energizando esse ir e vir. Colorindo com a mente blocos de pensamentos, energias. O objetivo da meditação é transformar a mente em um espaço branco totalmente vazio, iluminado, de maneira que cada pensamento que chegue ali tenha uma luz focada sobre ele. Podemos assim separar o que é importante do que não é. Entender as coisas com mais clareza, desatar alguns nós.
Estamos passando hoje por uma crise sem precedentes na história da humanidade. O corpo humano não consegue acompanhar as mudanças tecnológicas, ele adoece. A economia da atenção, monetiza nosso olhar, fisga o desejo, nossa experiência no mundo e brinca com os nossos sentimentos. O lucro de poucos está sempre acima de tudo. O mundo de hoje é um mundo no qual uma árvore cortada vale mais do que uma árvore viva.
Todo esse
contexto nos deixa desesperados. Por isso, é necessário parar um pouco,
respirar para continuar. Tentar organizar a mente e entender. Assim, a
arte é mais importante do que nunca, pois é uma ferramenta de
compreensão do mundo muito potente e pode abrir espaços de respiro
diante de toda essa confusão.
Neste sentido o desenho tem sido uma maneira de criar momentos de criação livres pra mim. O desenho é uma maneira de aprender a ver e pensar. Nas aulas de desenho de observação na faculdade, passamos muitas horas observando e desenhando uma cena, que pode ser apenas uma xícara, um bule, algumas frutas. O mais importante ali não é saber representar o objeto como se fosse uma fotografia, o mais importante é o processo (algo subjugado em uma sociedade baseada em resultado). Algo mágico acontece ao observar uma coisa por um longo período e tentar traduzir através do traço aquela relação, entre sua mente, seu olhar e seu corpo. Com isso muitas vezes não se percebe, mas há o desenvolvimento interno de uma experiência sensível muito particular, que nos ajuda a ver o mundo, perceber e se conectar com o nosso interior. Esse exercício nos ajuda a criar forças organizar o pensamento e conectar corpo e mente.
Nesta exposição virtual criada a convite do 52º Festival de Inverno da UFMG, fiz uma seleção de desenhos que venho desenvolvendo ao longo da quarentena, que tem sido para mim pessoalmente um momento de recolhimento, recomeço e reavaliação. Os desenhos trazem paisagens internas e externas, representam os pensamentos confusos, a dor no peito, a falta de ar e outros sentimentos ainda em processamento. Apresenta também caminhos criativos, engraçados, beleza e simplicidade. Elementos necessários para a criação de práticas libertárias que criem pontes no lugar de muros, respeite nosso corpo e nosso espírito. Assim poderemos mais tarde reencontrar aqueles pensamentos temporariamente perdidos que organizados podem dar um novo rumo às coisas.
Neste sentido o desenho tem sido uma maneira de criar momentos de criação livres pra mim. O desenho é uma maneira de aprender a ver e pensar. Nas aulas de desenho de observação na faculdade, passamos muitas horas observando e desenhando uma cena, que pode ser apenas uma xícara, um bule, algumas frutas. O mais importante ali não é saber representar o objeto como se fosse uma fotografia, o mais importante é o processo (algo subjugado em uma sociedade baseada em resultado). Algo mágico acontece ao observar uma coisa por um longo período e tentar traduzir através do traço aquela relação, entre sua mente, seu olhar e seu corpo. Com isso muitas vezes não se percebe, mas há o desenvolvimento interno de uma experiência sensível muito particular, que nos ajuda a ver o mundo, perceber e se conectar com o nosso interior. Esse exercício nos ajuda a criar forças organizar o pensamento e conectar corpo e mente.
Nesta exposição virtual criada a convite do 52º Festival de Inverno da UFMG, fiz uma seleção de desenhos que venho desenvolvendo ao longo da quarentena, que tem sido para mim pessoalmente um momento de recolhimento, recomeço e reavaliação. Os desenhos trazem paisagens internas e externas, representam os pensamentos confusos, a dor no peito, a falta de ar e outros sentimentos ainda em processamento. Apresenta também caminhos criativos, engraçados, beleza e simplicidade. Elementos necessários para a criação de práticas libertárias que criem pontes no lugar de muros, respeite nosso corpo e nosso espírito. Assim poderemos mais tarde reencontrar aqueles pensamentos temporariamente perdidos que organizados podem dar um novo rumo às coisas.